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# Resenha - Virando o Jogo - 2 - Game Series - J. Sterling - Faro Editorial

Olá pessoas queridas!



Virando o Jogo 
Game Series

J. Sterling

Faro Editorial

Sinopse:

…Ela o queria de volta. Mas como saber se não está lutando contra o destino?
Jack e Cassie rapidamente percebem que a nova vida dele como astro do time muitas vezes pode ser cruel. A felicidade do casal novamente é posta à prova, e os erros do passado parecem retornar com mais força.
Depois de um ano tumultuado, Jack e Cassie finalmente estão onde sempre quiseram estar… juntos!
Mas permanecer ao lado de Jack não é fácil para uma garota. Ele sabe que é sua última chance de provar seu amor para Cassie e quer fazer tudo dar certo. Mas como transmitir uma segurança capaz de deixá-la tranquila diante de tanto assédio?
Cassie deve aprender a navegar nas águas deste novo mundo, em que os olhos de todos estão voltados para Jack. É um estilo de vida que a faz questionar sua felicidade, e sua própria sanidade, e se perguntar continuamente:
Como acreditar que podem ficar juntos quando tudo parece querer separá-los?





Resenha:

Depois do deslize de Jack em O Jogo Perfeito, Cassie de coração aos pedaços vai para New York trabalhar como fotógrafa em uma revista renomada. E os seis meses sem se quer um contato com Jack, Cassie tenta contornar sua dor da melhor maneira possível.

Já Jack, tenta desesperadamente reparar o erro cometido e se recusa a procurar por ela sem ter resolvido seu “grande problema”.

Depois desses seis meses angustiantes e o grande problema resolvido, (isso é o que Jack imaginava) e com a conquista de uma nova posição em um novo time, parte para New York para tentar reconquistar Cassie e sua confiança.

Em Virando o Jogo o reencontro do casal é emocionante e doce, até porque, depois de tanto estrago os dois se amam loucamente. Mas não pensem que tudo ficou resolvido e se fez “um mar de rosas”...

Cassie luta com um demônio interior chamado desconfiança e para complicar ainda mais, com a venda de Jack para um novo time e sua posição na liga superior a mídia não da trégua para o casal reconciliado.

Com sua vida invadida, pressões e humilhações sofridas, e o fantasma do passado voltando a assombrar a vida dos dois, Cassie se questiona se suportaria passar por tudo isso sem se perder por completo.

Virando o Jogo continua com a mesma fluidez na narrativa como no primeiro livro O Jogo Perfeito, a leitura é interessante, doce e envolvente.

J. Sterling ousou um pouco mais nas cenas quentes entre o casal, conseguiu dar sentido ao recomeço entre Jack e Cassie não deixando a narrativa cair na mesmice.
Ela acrescentou vários acontecimentos tensos, colocou o amor de ambos à prova, levou-os ao céu e ao inferno, fez com que o leitor ficasse com o coração aos pulos, se emocionasse e odiasse tudo ao mesmo tempo.

Cada página, cada capítulo a narrativa aguça a curiosidade do leitor, queremos saber o que vai ser na página seguinte. Queremos vê-los superar cada obstáculo, cada dor e dificuldade.

Game Series é romântico, apaixonante, quente, com perdas, recomeço e superações.


Um amor tão intenso, que torna os personagens quase reais. A narrativa é tão envolvente que li o livro em um dia, estou na expectativa para o terceiro e último livro da série, quero saber o que J.Sterling reservou para esse casal tão intenso e apaixonante que é Jack e Cassie.

A capa segue a mesma linha do primeiro livro, muito bonita, impresso de excelente qualidade, a Editora Faro Editorial está de parabéns.

Essa resenha foi escrita originalmente por mim  para o site Papiro Digital no qual sou colaboradora.


Tem promoção rolando no site Papiro digital - Resenha Premiada - corre lá!! 
http://papirodigital.com/literatura/livros/resenha-premiada-sorteio-virando-o-jogo-de-j-sterling/



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# Coluna Revirando a Estante - O Amor no Conto Noites Brancas - Fiódor Dostoiévski - Por Jéssica Rufino


O Amor no Conto Noites Brancas 
 por Jéssica Rufino



Noites Brancas na vida de alguém iluminam uma alma e trazem a questão; O que o amor pode fazer por uma vida? Como ele pode transformá-la ou torná-la uma reflexão eterna.

Dostoiewiski com uma linguagem poética e suave constrói a vida de seu personagem principal ao colocá-lo frente ao amor e a solidão. Dois temas tão profundos, que influenciam profundamente a vida de todos nós, seres humanos.

Um homem solitário que vive imerso em suas próprias fantasias, tendo como única companheira a solidão, em uma casa cheia de teias de aranhas e paredes desbotadas. Um homem que observa a todos, mas passa pelo mundo sem nada fazer e sem deixar nenhuma marca.

E quantos de nós levam essa vida totalmente comum, totalmente isolada dos outros? Uma vida onde ficamos apenas na plateia observando os atores?

Temos neste inesquecível conto um narrador/personagem, que se aproxima do leitor e transfere toda a sua angústia e solidão, sua vida solitária comove e leva a reflexão. A fantasia é companheira permanente deste personagem. Ele chega a falar sobre noites inteiras que passou acordado se deleitando com o mundo dos sonhos. Neste ponto, podemos questionar sobre a importância e o perigo das fantasias em nossas vidas, visto que a fantasia nos deixa mais leves, nos transporta para mundos maravilhosos, mas sonhando, nos esquecemos da realidade, deixamos de agir e de transformar nossos desejos em algo concreto,

O narrador de “Noites Brancas” é um homem de meia idade, que já deixou a mente sonhadora da juventude, mas que ainda cai por noites inteiras em devaneios fantasiosos. Ele o tempo todo se questiona sobre a vida que leva e sobre o tempo perdido em devaneios. Será que é esta a vida? Ele parece, no início, acreditar que a felicidade está em sua vida solitária e monótona, mas ao ver os moradores de sua cidade migrando para passar um tempo no campo se desespera e de repente sente medo da solidão.

Percebemos que ele não é importante para os outros, mas os outros lhes eram caros e iriam lhe fazer falta. Ele acompanha os viajantes até as portas da cidade e de repente depois de receber um olhar amigo de um dos viajantes ele se sente feliz e volta pelas ruas escuras da cidade assoviando de alegria. É nesse instante que toda a sua vida muda. Durante esta tão tranquila caminhada ele encontra uma moça chorando à beira de uma ponte. E por um golpe do destino acaba livrando a moça de um bêbado sem limites. Assim o narrador conhece Nastenka, uma moça solitária que vive com uma avó cega, que a limita e vigia.

A moça agradecida pela ajuda aceita ser levada em casa pelo narrador. E assim nasce uma bonita relação de amor e amizade. Nastenka conta sua história para o narrador e aquelas noites de conversa e confidências se tornam a única alegria do narrador.

As noites são iluminadas e belas, refletindo a alegria dos amantes/amigos. A bonita relação dos dois personagens de “Noites brancas”, nos lembra a bela transformação que o amor é capaz de fazer na vida das pessoas. Desse sentimento de total entrega que faz os dias serem mais iluminados. O fato da história se chamar “Noites Brancas” já nos mostra a pureza dos sentimentos entre os personagens. Os encontros são à noite, atmosfera onírica, ambiente onde os sonhos e as sensações habitam.

Mas depois de quatro noites brancas o narrador e Nastenka nunca mais se encontram, ela se casa com outro e ele volta a sua vida solitária e cinza, marcada na narrativa pelos dias de chuva e frio.

Teria valido a pena aquelas noites brancas?

“Um minuto inteiro de felicidade! Mas não é o bastante para toda a vida de homem?”

                                                                                                          

                                                                                               

# Resenha - A Cidade Flutuante - Daniel Dias - Editora Empíreo

Olá Pessoas queridas!!



A Cidade Flutuante

Daniel Dias

Editora Empíreo

312 Páginas

Sinopse:

Ela deverá abandonar a cidade e a vida que conheceu
“À medida que seu caminho se entrelaçava a outros, distanciava-se de si mesma. Involuntariamente, aproximava-se de uma Dominó a qual ainda não confrontara e não desvendara centímetro por centímetro, poro por poro. Voltar não era seguro. Não podia. Além disso, não queria.”
Urjuwani é a cidade mais importante do Império e, por força do magnetismo, flutua centenas de metros acima do solo. A vida na cidade é tranquila, mas tudo muda quando três surpreendentes acontecimentos perturbam a ordem: um atentado à vida do Imperador, uma misteriosa fenda no céu da cidade e um violento ataque pirata.
Dominó é a estrela do balé imperial. Filha de uma influente integrante do governo, ela descobre que os desastres que atingiram sua cidade guardam estranhas relações entre si. Em meio às descobertas, a bailarina sofre um acidente e cai da cidade flutuante. Enquanto tenta voltar para casa, Dominó constrói novas e improváveis amizades, e com ajuda delas vai descobrir que lendas podem ser verdades e sua vida, uma grande mentira.

Daniel Dias – um talento que emerge no cenário literário de ficção – reúne suspense, crimes e fantasia num mundo feito para apaixonar crianças, adolescentes e adultos.




Resenha:

Escritores nacionais estão se destacando a cada dia no universo literário, prova disso, é essa narrativa incrível e envolvente de Daniel Dias em - A Cidade Flutuante.

De forma encantadora, Daniel tece um intrincado enredo, que permite ao leitor uma viagem fantástica e cheia de aventuras.

Somos apresentados a Urjwani, uma cidade suspensa pela força magnética, onde Império e Templo entram em atrito .

Conhecemos Dominó, uma famosa bailarina, que depois de uma invasão sofrida em sua cidade pelos “piratas dos céus”, e uma misteriosa rachadura no céu, escorrega da cidade, na queda, consegue se segurar em um planador pirata, onde ambos caem  direto no barco de um procurado pelo Império, nessa queda, Dominó conhece Gatuno – o pirata, Vicente o dono do barco, e Alegra sua filha.

E é dessa forma inusitada que começa a ventura de Dominó, que arrasta consigo Vicente, Alegra, Gatuno e demais personagens que encontra pelo caminho.

No início não me simpatizei com a personagem Dominó, pois apesar de demonstrar ser ingênua, e ter uma necessidade imensa de conhecer além da sua cidade, me pareceu um pouco mimada e arrogante, mas, no decorrer da narrativa, Dominó amadurece, e ao se deparar com perigos, revelações bombásticas e perdas, acaba por endurecer um pouco e assim acabou por me conquistar.

Gatuno, o pirata é simplesmente arrebatador com seu jeito jocoso, e ele e Dominó acabam trazendo cenas engraçadas à história.

Vicente e Alegra, transmite o amor incondicional, entre pai e filha, que navegam de cidade a cidade sem fixar moradia, vivem no barco chamado Milena.

Não poderia esquecer de Catarina, a pesquisadora amalucada que trouxe à trama momentos bem divertidos e de Theodoro o segundo capitão da guarda Imperial, que ajudou a dar um toque romântico à narrativa.

Daniel Dias escreve de maneira caprichosa, nos apresenta um mundo imaginário completamente diferente visto até hoje, criou personagens com sentimentos e atitudes reais, que enredam o leitor nesse mundo singular cheio de aventuras emocionantes.

Não vemos vilões e nem mocinhos aqui, vemos união, o encontro desses personagens tão peculiares, ao longo da busca de Dominó por respostas, os levam a se unir para tentar salvar o Império e seu subúrbio, as nuvens dos Luminares com suas tecnologias, e a terra dos Bárbaros, enfim, o mundo.

Cada cenário é descrito de maneira minuciosa, tornando tudo interessante e com uma boa dose de mistério.

Essa fantástica história criada por Daniel Dias, é envolvente, apaixona o leitor já nas primeiras páginas, não tem como parar a leitura, se torna difícil, pois a cada página uma descoberta é feita, um mundo novo é encontrado, outro personagem arrebatador se revela, e assim queremos mais e mais.

Recomendo para leitores que gostam de literatura fantástica como eu, garanto que vão se apaixonar pela história, seus personagens e pela escrita envolvente de Daniel Dias.

Fantástica e surpreendente.

A capa é linda como a história, a diagramação perfeita, papel de excelente qualidade, a editora Empíreo está de parabéns.

Essa resenha foi escrita originalmente por mim para o site Papiro Digital no qual sou colaboradora.

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# Participe do Livro Viagens de Papel - Contos e Crônicas de temática livre da Andross Editora

"Até 31 de dezembro de 2014, a Andross Editora estará recebendo contos e crônicas de temática livre para publicação no livro VIAGENS DE PAPEL”
 
A Andross Editora está recebendo contos de novos escritores para publicação no livro "Viagens de papel - Contos e crônicas de temática livre”, a ser lançado em maio de 2015 no evento Livros em Pauta.

Qualquer pessoa pode participar. Basta acessar o site www.andross.com.br, ler o regulamento de participação e submeter seu texto à avaliação. As inscrições vão até 31 de dezembro de 2014.


SINOPSE DO LIVRO:
Quem lê desfruta de experiências reservadas somente àqueles que escolhem viver intensamente. Quem lê viaja. E vai longe... Descobre terras desconhecidas, muitas vezes, inimaginadas. Os autores do livro VIAGENS DE PAPEL desempenham brilhantemente sua função de agente de viagens e propõem pacotes diversos, capazes de agradar ao turista mais exigente. E lembre-se: o que importa não é o destino e sim a própria viagem..


 
Roberto de Sousa Causo
“Aceitaremos para avaliação qualquer conto ou crônica de qualquer temática”, conta Roberto de Sousa Causo, organizador do livro. “Queremos um livro bem diversificado”, completa.

SERVIÇO: 
Livro:Viagens de papel - Contos e crônicas de temática livrer” 
Organização: Roberto de Sousa Causo
Envio do texto: até 31/12/2014
Lançamento: Maio de 2015 (no evento Livros Em Pauta
Regulamento: no site www.andross.com.br 
Realização: Andross Editora

# Coluna De Olho na Literatura - O Erótico e sua Popularização - Parte 1 - Por Ricardo Biazotto



O Erótico e sua Popularização (Parte 1)
Por Ricardo Biazotto



Ao conversar com dezenas de alunos sobre a importância da leitura e da escrita, ressaltei em diversos momentos que a vida seria totalmente sem graça se não houvesse uma forma de se expressar. A minha intenção era mostrar que desde os tempos mais antigos, as formas de expressão fazem parte do cotidiano do homem por nada mais do que pura necessidade. Apesar das devidas diferenças, o sexo também está presente na história por pura necessidade — de prazer e reprodução.

Sabendo de sua importância para todos nós, é de se estranhar que seja tão difícil falar naturalmente sobre isso. O fato é que a literatura, como em tantos outros casos, acaba sendo fundamental para que tudo comece a mudar, ainda que lentamente.

Se pensarmos na história da literatura erótica, um gênero tão antigo quanto a própria arte, fica claro que a mudança aconteceu de forma significativa, principalmente porque o gênero influenciou a sociedade. Os mais antigos livros eróticos, por exemplo, tratam o sexo como uma moeda, em que a busca pelo prazer resulta em uma troca de favores. Ou então, a libertinagem que ia contra os costumes de uma época em que a religião movia a sociedade.

Os casos mais antigos datam da Idade Antiga e Média, porém a popularização do gênero ainda demoraria a acontecer.

Fanny Hill (1748), por exemplo, é considerado o primeiro romance erótico da modernidade. A obra de John Cleland explora mais do que apenas o entretenimento, apesar de as cenas serem explícitas e mostrar as aventuras sexuais de uma meretriz, o que logicamente não foi bem visto pela sociedade conservadora europeia. O livro chegou a ser banido e demorou séculos para que a sua importância fosse devidamente reconhecida literária e culturalmente.

Se a obra supracitada foi um marco no século XVIII, o mesmo aconteceu com A Vênus das Peles (1870), do austríaco Leopold von Sacher-Masoch. Antes da publicação da obra, recentemente encenada em uma peça de muito sucesso na Broadway e também no Brasil, com Vênus em Visom, o tema foi tratado por outros autores, mas sem o mesmo afinco. Para os mais desatentos, o termo masoquismo é uma referência a Sacher-Masoch, que em seu mais importante livro apresenta um homem que faz o papel de escravo sexual de uma mulher e é obrigado a conceder todos desejos femininos. Portanto, acontece uma verdadeira quebra de tabus.

Outro clássico da literatura erótica, que causou rebuliço após sua publicação, foi Lolita (1955), de Vladimir Nabokov. Se polêmicas existiram com os livros anteriores, imagine então uma obra que retrata a pedofilia. Apesar de dividir opiniões, inclusive sobre a sua classificação, “Lolita” não é considerada uma obra para todos, tampouco uma leitura agradável. Justamente por isso pode ser vista como importantíssima para o crescimento do gênero. Se as cenas eróticas são ou não constantes é o que menos importa. No fundo, “Lolita” mostra o papel da literatura como fonte de aprendizado e de importância também na formação da sociedade.

Por fim, Cinquenta Tons de Cinza (2011) é o mais recente título que foi capaz de revolucionar a literatura erótica. Diferente de todos os livros citados anteriormente, a importância da obra de E. L. James é muito mais por seu valor comercial do que por sua qualidade literária — por não conhecê-la, não pode ser o meu questionamento. Mas, independente de sua qualidade, a trilogia causou um verdadeiro boom no mercado literário e em bate-papos sobre literatura.

Hoje você pode estar cercado por intelectuais e, obrigatoriamente, “Cinquenta Tons de Cinza” será lembrado. A conversa pode ser sobre clássicos, mas ele será citado, mesmo se para uma comparação que definitivamente não poderia existir. Uma jovem pode falar sobre o livro sem ter medo da reação das pessoas e o mesmo pode acontecer com uma pessoa mais velha.

Talvez o surgimento de “Cinquenta Tons de Cinza” tenha colaborado para uma aceitação maior do gênero em questão. O fato é que nunca se publicou tantos livros eróticos, em especial escritos por brasileiros, mas isso é tema para ficar de olho em uma próxima oportunidade.



Sobre o Autor
Ricardo Biazotto nasceu em Espírito Santo do Pinhal, São Paulo, em 1993. Membro da Casa do Escritor Pinhalense “Edgard Cavalheiro”, participou do Vol. 5 da Antologia Literária Pinhalense e da produção do documentário “Edgard Cavalheiro – Vida e Obra”. Publicou nos livros Equinócios de Amor e Amores Impossíveis, da Alcantis Editora, Sonhos (& Pesadelos), da APED Editora, e Dias Contados – Vol. 2, Moedas para o Barqueiro Vol. 3 e Amores (Im)possíveis, todos da Andross Editora. É colunista da Revista Rosa News e moderador do blog literário overshockblog.com.br. Contato: ricardo.sep22@gmail.com.

# Resenha - Prisioneiros do Inverno - Jennifer MacMahon - Editora Record

Olá Pessoas Queridas!!!





Título: Prisioneiros do Inverno
Alguns Segredos nunca morrem

Autor(a): Jennifer McMahon

Editora: Grupo Editorial Record


Sinopse:

Muitos acreditam que a pequena cidade de West Hall seja mal-assombrada. Ao longo de sua história, vários casos de pessoas desaparecidas foram registrados na região mistérios nunca desvendados. Alguns moradores inclusive juram que o espírito de Sara Harrison Shea, encontrada morta em 1908, ainda vague pelas ruas à noite. A jovem Ruthie acredita que tudo não passa de uma grande bobagem. Porém, quando sua mãe desaparece sem deixar vestígios, ela começa a desconfiar de que aquela região guarda algum mistério, e suas suspeitas são reforçadas quando ela e a irmã encontram uma cópia do diário de Sara escondido em casa. Na busca pela mãe, Ruthie encontra respostas perturbadoras, e ela pode ser a única pessoa capaz de evitar que um grande mal aconteça.



Resenha:

Prisioneiros do Inverno é um dos livros de suspense mais apavorante que li até o momento.

Quando li a sinopse me interessei logo de cara pela história devido ao fato de ser uma narrativa envolvendo o sobrenatural, mas assim que comecei a ler o livro, o enredo é muito mais do que a sinopse nos passa, é terrível e envolvente ao mesmo tempo não fazendo jus à descrição tão “suave” da premissa.

Aterrorizante e mórbido, são os melhores termos para a narrativa de Jennifer, além de ser instigante, interessante e misteriosa.

A história se passa em duas épocas diferentes e que envolve vários personagens.

Começa em 1908, onde Sara, conta em um diário sua vida e tragédias que inclui seu marido Martin, sua filha Gertie e Titia, uma índia julgada como feiticeira pelos moradores da pequena cidade West Hall, Sara revela também nesse diário um ritual feito em um local chamado Mão do Diabo, capaz de trazer pessoas mortas à vida novamente.
Sara conta detalhadamente como sua filha desapareceu e foi encontrada morta. O relato de Sara é bastante assustador, pois ela descreve no diário tudo que se passou com Gertie depois de ter sido despertada como “dormente”, nome dado às pessoas mortas trazidas de volta à vida.

E no presente, onde conhecemos a jovem Ruthie, sua mãe Alice e sua irmã Fawn uma família que mora na mesma casa que pertencia a Sara, e também Katherine que perdeu o filho e depois o marido.

Quando lemos algo à respeito de mortos-vivos, fazemos uma ligação imediata com zumbis, mas aqui, nesse enredo tão peculiar, essa ligação é descartada logo no início, pois há algo muito mais aterrador do que zumbis.

Todos os personagens e respectivos acontecimentos estão ligados ao diário encontrado de Sara e sua história em trazer para o mundo dos vivos os mortos.

A história é assustadora, até porque os acontecimentos ligados ao diário começam a vir à tona quando Alice mãe de Ruthie desparece, e ela e a irmã começam a investigar o que poderia ter ocorrido, e quando Katherine descobre que o marido partiu em busca desse suposto ritual para trazer seu filho de volta.

Os acontecimentos são realmente horripilantes e misteriosos, a autora conseguiu manter todo suspense até a última página, o leitor é envolvido na trama do início ao fim.

Nos vemos presos em florestas sinistras e perigosas, cavernas assombradas e seres assustadores que surgem das sombras.

A história de cada personagem são contadas e intercaladas com os acontecimentos do diário de Sara, tornando a trama muito mais sinistra, fazendo com que o leitor se arrepie e tenha o coração disparado com a tensão vivida em cada cena.

“Ela parece sentir necessidade de se alimentar a cada intervalo de alguns meses.
A verdade, porém, é que os animais que eu lhe trago não a saciam. O que ela deseja mais do que tudo (ah, como estremeço ao escrever isso!) é sangue humano.” Página 348 


A história é marcante com uma boa dose de suspense, mistério e morbidez, que faz com que o leitor passe a se sentir desconfortável com acontecimentos que mexem com nosso emocional, pois nos mostra o que a dor da perda de quem se ama é capaz de fazer com a mente das pessoas...

Impactante. Sinistro e assustador.
Recomendo aos leitores que gostam de uma excelente obra de suspense.

A capa do livro é linda e misteriosa. Edição perfeita. A Editora Record está de parabéns.

Essa resenha foi escrita originalmente por mim para o blog Escrev'Arte no qual sou colaboradora.

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# Participe do livro Além das Cruzadas - Contos sobre a Era Medieval - Andross Editora

"Até 31 de dezembro de 2014, a Andross Editora estará recebendo contos com temática medieval para publicaão no livro ALÉM DAS CRUZADAS”
 
A Andross Editora está recebendo contos de novos escritores para publicação no livro “Além das Cruzadas - Contos sobre a era medieval”, a ser lançado em maio de 2015 no evento Livros em Pauta.

Qualquer pessoa pode participar. Basta acessar o site 
www.andross.com.br, ler o regulamento de participação e submeter seu texto à avaliação. As inscrições vão até 31 de dezembro de 2014.


SINOPSE DO LIVRO:
Antigamente bardos difundiam a história de seu povo em poemas musicados em alaúdes. Por intermédio de suas obras, conhecemos hoje histórias de guerreiros de terras longínquas, amores proibidos entre nobreza e plebeus, a tristeza da Peste Negra e as dores da Santa Inquisição. Mas também conhecemos histórias mágicas, como a do jovem que se tornou rei por tirar uma espada da pedra, ou de criaturas encantadas que cospem fogo. Em "Além das Cruzadas", bardos modernos lançam novos olhares na Era das Trevas, mesclando a Idade Média real com a imaginária.



Carol Chiovatto
“O universo medieval sempre povoou a imaginação dos leitores, seja a Idade Média real ou a fantasiosa, como as histórias do Rei Artur ou da saga de O Senhor dos Anéis", diz Bruno Anselmi Matangrano, um dos organizadores do livro."Nossa ideia é reunir o máximo de contos possíveis dentro desse livro. As únicas exigências além de qualidade literária são que se passem na Idade Média e que não seam textos de humor, completa Carol Chiovatto, co-organizadora do livro.



SERVIÇO: 
Livro:“Além das Cruzadas - Contos sobre a era medieval” 
Organização: Bruno Anselmi Matangrano e Carol Chiovatto
Envio do texto: até 31/12/2014
Bruno Anselmi Matangrano
Lançamento: Maio de 2015 (no evento Livros Em Pauta
Regulamento: no site www.andross.com.br 
Realização: Andross Editora


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# Coluna Revirando a Estante - A Morte no Conto - Por Jéssica Rufino



A menina de Lá - Guimarães Rosa
Jéssica Rufino


A MORTE NO CONTO



“A MENINA DE LÁ” DE GUIMARÃES ROSA


“As pessoas não morrem, ficam encantadas”, com essa frase João Guimarães Rosa marcou seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras e também registrou com força sua visão de mundo.

Existem muitos estudos sobre Guimarães Rosa, teses e escritos sobre a grandeza de suas obras. Mas hoje quero fechar meu foco, não vou falar sobre a magia e a beleza da obra prima Grande Sertão Veredas, pois gastaria muitas páginas tentando entender ou explicar uma narrativa mágica, que deve ser lida e não apenas comentada.

Hoje quero falar da morte em um texto muito especial de Guimarães Rosa, o conto “A menina de lá”.

Para Guimarães ”as pessoas não morrem, ficam encantadas“, assim é a vida da pequena menina, personagem principal do conto. Ela já nasceu encantada, com o dom de ter seus mais fortes desejos realizados. Mas seus desejos eram simples e delicados, como comer um doce ou ver o arco-íris. Ninguém conseguia convencê-la a desejar outras coisas. Ela era apenas simplicidade e sossego. Chegou a curar a mãe doente, mas só quando esse desejo lhe veio no coração.

“A menina de lá” nos mostra aquilo que é essencial à vida, aquilo que puramente nasce do coração. Ela deixa claro que a alegria e a magia da vida estão nas coisas simples e que quanto mais paz de espírito temos mais felicidade encontramos pelos caminhos da vida.

A sabedoria de reconhecer o encanto que a morte proporciona à vida é singular. Quando guardamos em nossa alma a certeza de que um dia vamos partir desta existência, entendemos que só deixamos aquilo que fizemos, não materialmente, mas sim nossos gestos e atitudes.

A personagem da narrativa vive com a simplicidade e a sabedoria de alguém que muito viveu, pois sabe que logo chegará à hora da partida. E quando chega o fim de sua trajetória, ela simplesmente deseja ser enterrada em um caixão rosa com fitas verdes.

Escolhe cores alegres para se despedir do mundo e das pessoas que ama. E parte tranquilamente com a mais profunda sabedoria. Um conto bonito e triste, como só a mais alta literatura sabe ser.


                                                                                                         
                                                                                                   

# Participe do Livro - Sede - Contos Distópicos de um futuro sem água - Andross Editora

Olá Pessoas Queridas !!!

Gosta de escrever contos?

Que tal participar na composição do livro Sede da Andross Editora?




"Até 31 de dezembro de 2014, a Andross Editora estará recebendo contos pós-apocalípticos em que a humanidade sofre com a escassez da água”
 

A Andross Editora está recebendo contos de novos escritores para publicação no livro “Sede - Contos distópicos sobre um futuro sem água ”, a ser lançado em maio de 2015 no evento Livros em Pauta.

Qualquer pessoa pode participar. Basta acessar o site 
www.andross.com.br, ler o regulamento de participação e submeter seu texto à avaliação. As inscrições vão até 31 de dezembro de 2014.
Paola Giometti
















“A recente crise da água em São Paulo nos fez pensar em como seria um futuro onde esse item essencial à sobrevivência se tornasse escasso. Existem filmes em que outros itens essenciais à sociedade se tornaram raridade, como terra, em Waterworld, e gasolina, em Mad Max. Mas histórias em que o mais básico à sobrevivência fosse o que mais faz falta, isso a gente ainda não viu por aí”, explica Paola Giometti, a organizadora do livro. “Queremos tramas que explorem todas as dificuldades que uma sociedade sofreria, como economia, criação de animais, agricultura, criminalidade... É claro que em contos é difícil contemplar todos esses aspectos. Portanto, esperamos receber contos que se foquem em um ou dois deles”, completa.

 SINOPSE DO LIVRO:
2013: o clima seco além do normal não chamou atenção do governo.
2014: com menos de 3% de capacidade do reservatório de água da capital paulista, o governo declarou que está tudo sob controle.
2017: a água quase desapareceu das regiões sudeste e nordeste do país, com uma parcela pequena de pessoas com acesso a ela.
2049: a população brasileira caiu vertiginosamente para 8%.
O ano atual é 2065. A falta de um recurso tão essencial nivelou pobres e ricos em uma única categoria: sobreviventes. A conhecida frase da ficção “em um futuro não muito distante” nunca foi tão aterrorizante.


SERVIÇO: 
Livro:Sede - Contos distópicos sobre um futuro sem água” 
Organização: Paola Giometti
Envio do texto: até 31/12/2014
Lançamento: Maio de 2015 (no evento Livros Em Pauta
Regulamento: no site www.andross.com.br 
Realização: Andross Editora


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